Na manhã da última terça-feira (30) aconteceu uma grande operação para investigação de crimes contra a administração pública contra o sistema financeiro nacional e lavagem de 1,7 bilhão de reais.
Na operação, mais de 150 policiais federais, 13 servidores da Receita Federal e 10 da Controladoria-Geral da União (CGU) fizeram uma apuração sobre suposto desvio de R$ 1,7 bilhão do SUS (Sistema Único de Saúde)
A ação cumpre 49 mandados de busca e apreensão em 33 endereços com 42 alvos, sendo eles em cinco prefeituras do Pará e uma de São Paulo. Em Belém (PA), são 33 mandados; cinco em Benevides (PA), três em Parauapebas (PA), um em Ananindeua (PA), cinco em Santa Maria do Pará (PA) e um em São Miguel do Guamá (PA), além de um em Barueri (SP).
Segundo a PF, os investigadores acreditam que o esquema pode ter contado com a participação de servidores públicos de diversas prefeituras do estado do Pará. Os crimes teriam sido praticados por pessoas físicas, que usaram pessoas jurídicas ligadas ao ramo empresarial de saneamento urbano atuante no Pará e em outras unidades da federação.
A corporação explicou que, durante as apurações foi identificado indícios de crimes licitatórios, envolvendo recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), repasse de valores indevidos para servidores públicos de diversas prefeituras do estado do Pará, lavagem de dinheiro, com a utilização de empresas de fachada e laranjas, além de possível prática de evasão de dividas através de offshore, situada em um paraíso fiscal.
Na investigação foi constatado que a principal empresa envolvida atua no Pará prestando serviços de engenharia sanitária e rodoviária há décadas, sendo um dos maiores credores de entes públicos no estado, com movimentações atípicas na ordem de R$ 1,7 bilhão no período de 2017 a 2022.
O caso será apurado pelos investigadores, para esclarecimento dos fatos de relevância criminal e responsabilização individualizada de cada suspeito.