A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta terça-feira (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou uma alta de 0,5 pontos na taxa de desemprego no primeiro trimestre do ano de 2024.
Apesar da taxa de desocupação ser de 7,9%, o índice do primeiro trimestre é o menor para o período desde 2014, quando alcançou 7,2%. O resultado representa uma elevação de 0,5 ponto percentual em relação ao período anterior e atinge 8,6 milhões de pessoas.
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta terça-feira (30), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tinha 8,6 milhões de pessoas desocupadas no primeiro trimestre, 542 mil a mais (+6,7%) que no fim do ano passado. Já em relação ao mesmo período de 2023, o saldo é de 808 mil pessoas a menos (-8,6%), isto é, a taxa média de desemprego em janeiro, fevereiro e março ficaram abaixo dos 8,8% do primeiro trimestre de 2023.
Por outro lado, o número de ocupados no primeiro trimestre de 2024 foi de 100,2 milhões de pessoas, uma queda de 782 mil (-0,8%) em relação ao último trimestre de 2023 e um acréscimo de 2,4 milhões (+2,4%) em relação aos três primeiros meses de 2023. É importante saber que o levantamento do IBGE apura todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo.
Apesar dos números, não houve mudança significativa no nível de emprego com carteira assinada, cerca de 38 milhões de pessoas. Esse quantitativo representa alta de 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
O rendimento continua em alta, veja:
Segundo a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, grande parte das pessoas que ficaram desocupadas são trabalhadores informais – cerca de 500 mil de 782 mil pessoas. A taxa de informalidade do primeiro trimestre de 2024 ficou em 38,9% da população ocupada contra 39,1 % no trimestre anterior.
Adriana também explicou que esse aumento da taxa de desocupação é um comportamento típico de início de ano, devido a dispensa dos trabalhadores temporários, principalmente da área da educação. “Parte importante veio da administração pública, especificamente no segmento da educação. Na virada do ano esses trabalhadores são dispensados. À medida que se retorna o ano letivo, há tendência de retorno desse contingente”, diz a coordenadora.
Nesse período, o rendimento médio dos trabalhadores alcançou R$ 3.123, representando uma alta de 1,5% e um crescimento de 4% no ano. E a massa de rendimentos do trimestre atingiu R$ 308,3 bilhões, um recorde na série histórica iniciada em 2012. Apesar de recorde, o montante apresenta uma estabilidade em relação ao trimestre final de 2023.
“Embora tenha havido crescimento do rendimento do trabalhador, o contingente de ocupados caiu, é como se um efeito tivesse anulado o outro”, finaliza Adriana Beringuy.
Veja alguns destaques da pesquisa
• Taxa de desocupação: 7,9%
• População desocupada: 8,6 milhões de pessoas
• População ocupada: 100,2 milhões
• População fora da força de trabalho: 66,9 milhões
• População desalentada: 3,6 milhões
• Empregados com carteira assinada: 37,98 milhões
• Empregados sem carteira assinada: 13,4 milhões
• Trabalhadores por conta própria: 25,4 milhões
• Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
• Trabalhadores informais: 38,9 milhões
• Taxa de informalidade: 38,9%