Na segunda-feira, 2 de setembro, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que as festividades de Natal no país serão antecipadas para o primeiro de outubro. Segundo Maduro, o período será dedicado à paz, felicidade e segurança. Essa decisão ocorre em meio a uma das maiores crises políticas da história venezuelana, gerada pelas eleições gerais realizadas em 28 de julho.
O resultado das eleições, que conferiu uma vitória apertada a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, foi contestado pela oposição. O candidato presidencial Edmundo González e a ex-deputada María Corina Machado alegam que os resultados foram manipulados, afirmando que González teria vencido com quase dois terços dos votos. A oposição, apoiada por diversos países e líderes internacionais, demanda a divulgação das atas eleitorais, mas o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) alega que a liberação foi impedida por ataques hackers.
No mesmo dia do anúncio de antecipação das festividades, a Justiça venezuelana solicitou a prisão de Edmundo González. O Ministério Público alega que González não compareceu para depor sobre eventos ocorridos após as eleições e deve ser preso conforme a lei. Tanto González quanto Machado afirmam que as intimações eram apenas uma estratégia para prender o candidato, e ambos se encontram escondidos temendo represálias.
Além disso, os Estados Unidos apreenderam na República Dominicana um jato presidencial de modelo Dassault Falcon 900, pertencente a Maduro. As autoridades americanas alegam que a compra da aeronave violou as sanções impostas ao regime venezuelano.
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