No dia 28 de outubro de 2025, uma megaoperação policial foi realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, visando desmantelar o Comando Vermelho (CV), uma das facções de tráfico mais influentes do estado.
Essa operação se tornou a mais letal da história do Rio de Janeiro, com pelo menos 64 mortes registradas, incluindo 4 policiais:
- Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Máskara, chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita);
- Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, da 39ª DP (Pavuna);
- Cleiton Serafim Gonçalves, policial do Bope;
- Heber Carvalho, policial do Bope.
Além das mortes, 81 pessoas foram presas e quase 100 fuzis e outras armas foram apreendidos. A operação, conhecida como Contenção, envolveu mais de 2.500 agentes de segurança, incluindo policiais civis e militares.
Durante a ação, o tráfico de drogas respondeu de forma violenta, bloqueando importantes vias da cidade, como a Linha Amarela e a Avenida Brasil. Isso gerou um clima de tensão e insegurança em várias áreas, afetando o trânsito e a rotina dos moradores.
Escolas e postos de saúde foram fechados em várias comunidades, e mais de 100 linhas de ônibus tiveram suas rotas alteradas devido aos bloqueios. Essa situação deixou muitos cidadãos sem acesso a serviços essenciais.
O secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, explicou que a operação foi planejada sem apoio do governo federal. Ele destacou a necessidade de combater a violência e o tráfico nas comunidades, onde vivem cerca de 280 mil pessoas.
No entanto, a Defensoria Pública e a Anistia Internacional criticaram a letalidade da operação, afirmando que ações policiais não podem resultar em tantas mortes e que é fundamental garantir a segurança sem violar os direitos humanos.
A operação também levantou questões sobre como a polícia lida com o crime organizado e o impacto dessas ações nas comunidades, onde a população muitas vezes se vê no meio de confrontos violentos.










