Um médico foi preso preventivamente por suspeita de matar a companheira com medicamentos de uso hospitalar, segundo a Polícia Civil. A ação dos agentes ocorreu na tarde de terça-feira (29), na saída de casa do suspeito Andre Lorscheitter Baptista em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Para induzir a enfermeira Patricia Rosa dos Santos ao sono, ele teria aplicado uma quantidade de Zolpidem em um sorvete (saiba mais sobre o medicamento abaixo).
A RBS TV procurou a defesa do suspeito, que disse que irá se manifestar após ter acesso ao inquérito. No entanto, o suspeito alega que não matou a mulher.
O delegado responsável pelo caso, Arthur Hermes Reguse, afirma que, após levar a vítima ao sono, o suspeito aplicou medicamentos de uso restrito que resultaram na morte dela, na residência do casal. A investigação trata a morte da enfermeira, ocorrida em 22 de outubro, como feminicídio.
Família desconfiou da causa da morte
A polícia afirma que no dia da morte, por volta das 8h, o médico ligou para a familiares de Patrícia comunicando a morte da enfermeira. Ao chegarem na residência do casal, ele apresentou um atestado de um outro médico do SAMU, que informava como causa da morte infarto agudo no miocárdio. A família desconfiou da versão.
No dia da morte, Andre foi levado à delegacia, onde permaneceu em silêncio, segundo a polícia.
Uma perícia realizada na casa apontou que a cena estava diferente da versão do suspeito, segundo o delegado.
“Nós notamos, após os familiares nos comunicarem, que o local havia sido parcialmente desfeito. Havia alguns indícios que não estavam fechando ali com a situação de fato que foi informada primeiramente ali do infarto miocárdio. O corpo havia sido movido de local”, revela Reguse.
Os peritos também identificaram sangue da enfermeira em um acesso venoso, assim como nas medicações que teriam sido aplicadas na vítima pelo companheiro. Uma gaze também foi encontrada na casa contendo o DNA dela.
Segundo a investigação, a aplicação dos medicamentos encontrados na residência requerem uma intubação do paciente para evitar uma provável morte.
“Era uma medicação que era obrigatória uma ventilação imediata”, diz o delegado.
Fonte: G1