Seis mulheres, uma delas de 18 anos e as outras cinco idosas, foram resgatadas de um centro terapêutico fraudulento para dependentes químicos em Planalto, no sudoeste da Bahia. O local, administrado por um casal de pastores, cobrava mensalidades entre R$ 500 e R$ 1.000 para supostamente acolher as vítimas.Entre as resgatadas, duas eram de Mata Verde (MG), duas de Vitória da Conquista (BA), uma de Nova Canaã (BA) e outra de Jequié (BA).
Após receberem assistência do Centro de Referência de Assistência Social (Creas) local, foram encaminhadas de volta às suas famílias.A operação de resgate foi conduzida por órgãos municipais, incluindo a Secretaria de Assistência Social, e pela Polícia Militar, após denúncias.
Segundo apurações da TV Sudoeste, afiliada da TV Bahia na região, as mulheres viviam em condições sanitárias precárias e eram mantidas trancadas em quartos, onde dormiam em beliches improvisados, com pregos expostos.
Familiares das vítimas relataram casos de violência e sérios traumas psicológicos. Durante o resgate, algumas mulheres precisaram ser carregadas pelos policiais.No local, foram encontrados medicamentos sem prescrição médica. Nenhuma das mulheres estava cadastrada no Sistema Único de Saúde (SUS) local, levantando suspeitas sobre a origem dos remédios, incluindo tarjas pretas e estimulantes sexuais.Além de cobrar pelas internações, o casal também se apropriava dos cartões de benefícios sociais das mulheres, sacando o dinheiro e retendo os valores em alguns casos.