O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga manipulação de jogos.
Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriram mandados de busca e apreensão no Flamengo, na casa de Bruno Henrique, no Rio, e na Região Metropolitana de Belo Horizonte, cidade natal do jogador. Parentes e amigos dele também são investigados.
Uma agência internacional que monitora sites de apostas apontou movimentações suspeitas no jogo entre Flamengo e Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023. Contas abertas em Belo Horizonte, na véspera da partida, apostaram que Bruno Henrique levaria cartão amarelo. O atacante recebeu o cartão nos acréscimos da partida. E, ao reclamar da marcação, ainda foi expulso.
Bruno Henrique é suspeito de ter forçado a advertência para beneficiar apostadores conhecidos, mas ele não foi formalmente acusado ou indiciado. Nesta terça-feira (5), treinou e viajou com o Flamengo para a capital mineira onde na quarta-feira (6) o time enfrenta o Cruzeiro pelo Brasileirão.
Em nota, o clube disse que não teve acesso aos autos do inquérito e que Bruno Henrique desfruta da presunção da inocência.
Em setembro, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva analisou a denúncia, não viu indícios de manipulação e arquivou o caso.
Um relatório da empresa Sportradar, especializada em monitorar apostas, indicou que houve uma movimentação suspeita no caso, mas o tribunal avaliou que não era suficiente para punir o jogador.
Segundo a defesa, se houvesse a intenção de cometer a ilegalidade, Bruno Henrique não deixaria para fazer nos acréscimos, pois seria arriscado e que o volume de apostas se devia ao fato de ser comum um jogador forçar o terceiro cartão amarelo quando está pendurado, para não ficar fora de um jogo importante.
Bruno Henrique já tinha dois cartões na competição e era interessante levar o terceiro, cumprir suspensão no jogo seguinte, contra o Fortaleza, e voltar para enfrentar o Palmeiras, contra quem o Flamengo disputava o título brasileiro.
O Ministério Público e a Polícia Federal vão continuar com as investigações. E o STJD também pode reabrir o caso.
Fonte:G1