Na manhã desta terça-feira (18), Jacobina foi palco de uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria Geral da União (CGU), que mobilizou várias viaturas e agentes em uma ação intensa por diversos pontos da cidade. A operação, denominada Piemonte, teve como objetivo desmantelar um grupo criminoso especializado em desvio de verba pública, fraudes em licitações, corrupção, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, cujos desvios ultrapassam a marca de R$ 51 milhões.
A ação resultou na execução de 24 mandados de busca e apreensão, autorizados pela Justiça Federal da Bahia, em municípios da região como Jacobina, Capim Grosso, Filadélfia, Várzea Nova e Ourolândia. Além das buscas, foram realizados sequestros de bens, bloqueios de contas e afastamento de servidores públicos envolvidos no esquema.
De acordo com as informações divulgadas pela Polícia Federal, o grupo criminoso era composto por ex-gestores, vereadores, funcionários públicos, empresários, políticos e particulares das cidades mencionadas. As investigações apontaram um esquema intricado de fraude em licitações, especialmente na área de locação de veículos, onde propinas eram pagas a servidores e figuras políticas, utilizando um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro. O grupo também era responsável por aquisições de veículos de luxo e transferências de grandes quantias para laranjas e testas de ferro.
Os crimes imputados aos investigados incluem associação criminosa, fraude à licitação, desvio de recursos públicos, sonegação de impostos e lavagem de capitais. Caso sejam condenados, os envolvidos podem enfrentar penas que, somadas, ultrapassam 34 anos de reclusão, conforme prevê a legislação brasileira.
A Operação Piemonte representa um marco na luta contra a corrupção e a má administração dos recursos públicos na região, reforçando o compromisso das autoridades em combater práticas ilícitas que prejudicam a sociedade e a integridade das instituições governamentais.
Para mais detalhes sobre o desenrolar da operação e os desdobramentos das investigações, a Polícia Federal e a CGU continuarão a divulgar informações à medida que avançam os trabalhos no combate à corrupção na Bahia.